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Ciclos.

Eu lembro que ainda não havia completado 17 anos. Era uma fase complicada da minha vida. Cidade pequena (24 mil habitantes), minha luta interna pra descobrir o que era aquilo que estava acontecendo, que me tornava tão diferente dos demais, me deixava com medo. Me fazia querer fugir dali, pra um lugar onde eu pudesse ser aceito e atendido.

Lembro das minhas saudosas e tristes noites de 2008 chorando. Até quando num belo dia em Fevereiro de 2009, criei uma conta no Twitter, e vi pessoas que pareciam sentir o que eu estava sentindo.

Elas falavam de traumas pesados. E ainda riam disso. Parecia um sanatório, porém, ao mesmo tempo, o Paraíso.

Eu sempre me culpava por ser diferente da sociedade local. O site do passarinho, me ajudou a entender que também havia um bando de pessoas extremamente fodidas/reclusas, que passavam pelo mesmo, e por falta da sociedade de querer nos enxergar, não havia outra escolha além de ver a situação e aprender a rir dela, tornando a dor, algo sarcasticamente proveitosa.

Fiz muitos amigos ali, e como rimos de toda a merda que acontecia em nossas vidas.

Essas pessoas me fizeram entender, em um momento, que era hora de eu deixar Inhapim pra trás e correr atrás de algo.

Alguns anos mais tardes, mais precisamente em 2011, mesmo diante de certa resistência pra deixar minha Síndrome de Estocolmo pessoal, eu saí da zona de conforto, e fui tentar desbravar a cidade grande.

Era um jovem em busca de mais do que um emprego, ou um ensino superior. Eu estava atrás de aceitação. De respostas.

São Paulo foi incrível pra mim. Por mais que nos dois primeiros anos, devido aos estudos, trabalho e processo de adaptação, eu tenha deixado minha vida social de lado, eu estava conseguindo provar pro meu eu de anos atrás, que estava conseguindo vencer obstáculos.

Nunca tive costume de valorizar minhas conquistas antes da terapia. Era difícil. Sempre tentei me colocar numa escala de comparação, onde eu sempre precisava ser melhor que as pessoas do meu passado em algum sentido. Foi duro. Eu sempre sentia que alcançava um obstáculo, mas ainda não era o suficiente.

Talvez tenha sido um jogo de sorte. Talvez eu tenha plantado o que colhi. Talvez tenha sido só o acaso… Mas pouco tempo depois, São Paulo começou a me retribuir todo aquele amor que eu esperei por uma vida receber. O Twitter fez parte dessa conquista.

Com a rotina, conheci contatos. Com os contatos, eu tive experiência de provar um novo eu, e mostrar que aquela pessoa por trás de um usuário da internet, era mais do que um personagem.

Me envolvendo em discussões, entrando em polêmicas, beijando pessoas nas noites ou só relatando meu cotidiano, o meu perfil passou de 400 seguidores, pra casa dos mil, e assim sucessivamente. Estava lançada a escalada por trás de me tornar uma pessoa popular. A figura que Inhapim nunca me daria.

Eu queria ser amado e enxergado, pra que as pessoas de antes, pudessem ver que eu conseguia seguir em frente, mesmo sem a aprovação delas. Porém não me dava conta que eu tentava ganhar isso de outras.

Foram anos incríveis, onde conheci uma caralhada de pessoas. Fiz amizades que até hoje parecem aquelas coisas de filmes hollywoodianos, e fariam o elenco de Sex & the City morrer de inveja.

Eu consegui convocar dezenas de pessoas pra se unirem a mim, em reuniões quase que semanais em botecos da Selva de Pedra.

Íamos, jogávamos conversas fora e discutíamos o que se passava no nosso site.

Nesse trajeto, vi que nem sempre é possível agradar a todos. Brigas internas foram acontecendo, contra a minha vontade.

Mesmo que durante um tempo, eu tenha tentado ser o ponto de união e o Senhor Boa Vizinhança do rolê, uma hora, a minha ansiedade pediu pra que eu parasse (acho que a idade também).

Identificar que não era possível ser amigo de geral, foi doloroso, porém essencial pra entender diversas coisas. Mas também pra me fazer soltar um lado que desabrochava: Eu realmente queria ser amado, ou queria impor minha opinião, doa a quem doer?

Nesse processo de amadurecimento, acho que fui um misto dos dois.

Nos últimos anos, os bares foram diminuindo, mas o amor recebido não. Os meus amores, aqueles que gostavam de mim, ou pelo menos estavam felizes por estarem ali, não deixaram de ir.

Passei a confiar na minha própria teoria:

O Twitter continuou sendo importante por um longo tempo. Lá não foram feitos só amigos. Os caras que me envolvi ou me apaixonei pelo menos nos últimos 4 anos também vieram de lá. Um marco.

Mas bem… São Paulo, Twitter, aprendizados… Sonhos.

São Paulo já era uma cidade que havia me mostrado tudo o que eu achava que precisava, mas ainda faltava algo.

Mesmo que eu ame perdidamente a cidade, ainda havia algo que não me encontrei naquele lugar.

<piegas>Eu nunca consegui conquistar o amor de uma pessoa</piegas>.

Eu ainda tinha o sonho de um dia morar fora e experimentar um novo começo. Dessa vez, sem ninguém conhecido, família, etc. Totalmente do zero.

Era um risco muito grande pra uma pessoa tão ansiosa quanto eu, afinal, o ansioso vê tudo ocorrendo com algo negativo no final.

2018 foi um ano de fechamentos de ciclos. Eu finalmente conquistei a demissão do meu emprego, que foi minha fonte de rendimentos por 6 anos.

Aproveitei a oportunidade pra tocar o projeto intercâmbio, que ao ver minha idade chegando, foi um momento decisivo de agora ou nunca.

O último semestre do ano passado foi de decisões, e apesar de sonhar com a Austrália, ou até mesmo Nova Zelândia, com um recomeço vivendo ao lado das praias e clima tropical parecido com o do Brasil, o meu dinheiro (além da possibilidade de emprego que excluiria Malta), só foi suficiente pra vir pra um país que jamais imaginei, a Irlanda.

Não era o que escolhi. Foi a oferta: aceitar ou largar.

Óbvio, eu poderia ter insistido e batido o pé pra tentar conseguir ajuda da família, e com isso me mudar pra algum dos destinos anteriores. Mas o lado capricorniano falou bem alto aqui. E que novo começo seria esse, se eu dependesse das pessoas até pra apertar o restart?

Com a iminente ameaça do fascismo chegando ao poder no Brasil, mais o dinheiro que eu possuía, vendo pouco a pouco, indo embora, acabei optando por deixar o meu país o mais rápido possível. Fechei o intercâmbio num impulso em Setembro, pra viajar logo em Novembro.

Foram dois pequenos meses tentando trabalhar meu psicológico pra enfrentar coisas que eu sabia que odiaria: frio, choque cultural, frio, ansiedade do novo, frio, pessoas, frio, procurar emprego… Eu acho que foquei demais no frio e no quanto odiaria estar num lugar onde eu não pudesse fazer topless na praia a la Pabllo Vittar.

Foi difícil me despedir da minha zona de conforto.

Deixar tudo que eu já havia conquistado, e não seria tão facilmente me tirado em SP, e vir pra Dublin. Foi um risco, mas senti que era o momento.

Um ciclo se fechava ali, com tudo que eu não conseguiria descrever nesse post.

A adaptação tem sido difícil, ela é gradativa. Não é só chegar, arranjar um emprego, alugar uma casa e falar: SORRY, HONEY! I MADE IT! EU ESTOU NA EUROPA.

Não tem o Sugar Daddy das músicas da Lana Del Rey pra te bancar. Tudo é assustadoramente caro.

Mais frio que o clima, são as pessoas locais. E eu não consegui imergir com sucesso na cultura deles, a ponto de conquistar uma amizade sequer. Porém há tempo.

Enquanto eu ainda chorava pela distância da família e amigos, usava o Twitter pra me manter em contato e falar das minhas experiências.

Porém 2018 entendeu que eu fiz uma escolha, e se eu realmente queria um novo começo, fechando ciclos, veio com isso a queda do meu Twitter *Eu queria fazer dessa frase algo impactante*.

No dia 19/12/18, quase 10 anos após o primeiro tweet, através de denuncias de haters (eu odeio usar essa palavra pra se referir a mim), minha conta foi permanentemente suspensa.

A primeira reação foi "logo volta". Não voltou.

A inteligencia artificial do site dono do Medium, entendeu que eu ameacei meus amigos, enquanto usava o meme da Dora Aventureira Homofóbica.

Minha segunda reação foi: tenho que me conformar que perdi.

Porém o choro não foi imediato. Eu me senti tão forte ali. Até porque dias antes eu estava em prantos sem motivos. Acho que foram apenas nuances da adaptação.

Com a aceitação vieram as lágrimas, a negação, a revolta… Mas foram sentimentos rápidos.

Mais do que uma simples conta, eu perdi vários fucking anos da minha vida. Contato com trocentas pessoas. Quase 30 mil seguidores, que pra mim, eram mais que números. Eram pessoas que estavam ali por mim, e eu sempre tentei estar ali por elas…

Mas eu aceitei. Faltavam 6 dias pro meu aniversário. Era hora de fechar um novo ciclo.

Eu escolhi um novo começo, e tudo que vem ocorrendo de "ruim" desde então, eu encaro como ensinamento, de uma forma que nunca vi antes.

Estou aprendendo a transformar o negativo em positivo, sem precisar consultar as pessoas o tempo todo.

Não tem um dia que não haja uma batalha interna.

A Irlanda vem me ensinando outro lado da minha arqui-inimiga, Rejeição.

Eu tenho ouvido "não" o tempo todo. E tem sido difícil.

Quando acho que estou progredindo, é um não. Tento provar algo? Ainda não está bom. Acho que estou sendo aceito? Não no nosso clubinho… Mas saiba que o problema não é você.

Meu ego sempre foi enorme, e eu me dou conta cada vez mais disso.

Eu sempre achei que fosse querido em todos os lugares. E agora, ver que as pessoas estão se ferrando pra mim, mesmo que eu tente ser simpático e isso não compensando, é algo frustrante.

Tenho me mantido firme diante dessas coisas, porque dessa vez não tenho pra onde correr.

Não tenho o Twitter pra chamar a minha torcida, e pedir a eles que continuem ali por mim.

Não quero usar minha família como escudo. E nem quero ajuda financeira.

É apenas eu, comigo mesmo. Sem mais ninguém.

Há dias que sinto como se estivesse indo pra luta com uma faca, enquanto todos que me atacam estão armados.

Eu preciso ser forte pra enfrentar a batalha contra o meu próprio medo.

Se tem uma coisa que aprendi sobre fechamentos de ciclos, é que, mais do que estar preparado pra um novo que vem, é preciso aceitar que será doloroso, e que o que estou plantando, talvez demore bastante pra dar frutos bons o suficientes pra serem colhidos.

Mas mais do que falar de dor, e coisas tristes, é preciso lembrar que há algo muito proveitoso nisso tudo. Provar sua força diariamente e reconhecer o poder da sua essência, sem necessitar de aprovação externa, é algo incrível.

Acredito que ainda não tenha me encontrado na Irlanda, e Dublin talvez não seja a cidade que eu tenha idealizado pro meu presente e futuro. Mas eu recebi essa oportunidade e quero fazer dela a melhor experiência que já tive.

Que venham novos desafios e amadurecimento pra entender tudo que vem ocorrendo nessa nova fase.

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